Ao término da Grande Quaresma, a Igreja celebra, desde o início do Cristianismo, a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. É o Domingo de Ramos narrado no Evangelho. Jesus, montado em um jumentinho, acompanhado de seus apóstolos, viu-se em meio a uma multidão que tinha chegado à Cidade Santa para a festa da Páscoa e também para ver Jesus. Formou-se uma manifestação cívica e religiosa e os manifestantes agitavam ramos de oliveira e folhas de palmeira clamando: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Rei de Israel! Hosana nas alturas! As pessoas estendiam seus mantos no solo em sinal de homenagem a Jesus.
Até os dias de hoje vigoram as mesmas manifestações festivas em todas as igrejas. Cada participante recebe ramos de palmeira ou de outras plantas simbólicas, como ramos de salgueiro (na Rússia). Forma-se a procissão. A oração de bênção dos ramos explica, em poucas palavras, o sentido espiritual da festividade. Explica-se que Jesus chegou a Jerusalém para sofrer espontaneamente a Paixão. O povo, agitando os ramos, símbolo da vitória vai ao encontro dele, repetindo um corajoso slogan de protesto contra o dominador e opressor estrangeiro, mas, sobretudo, uma vibrante aclamação a Deus que ama e guarda seu povo: “Hosana”, isto é, Viva!
O que todos, desde os primeiros séculos até hoje desejam nesse fim de jejuns e sacrifícios da Quaresma é também acorrer ao encontro de Cristo, aclamá-lo como rei e Senhor, agitando os ramos que simbolizam a ressurreição. Em todos os hinos e preces deste domingo repete-se o refrão profético: O Senhor é Deus: ele se manifestou a nós. Hosana na alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor!
Tropário
Para dar prova da ressurreição universal, quisestes, antes da Paixão, Cristo, nosso Deus, ressuscitar Lázaro dentre os mortos. Também nós, agitando os símbolos da vitória, vos aclamamos, junto com as crianças: Vencedor da morte, Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor!
Joshuah de Bragança Soares
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