CICLO DA GRANDE QUARESMA
No próximo domingo, 14 de abril, completa-se a quinta semana da Grande Quaresma de 2019, quinta de um ciclo de seis semanas de preparação para o radiante Domingo da Páscoa em 28 de abril.
5º Domingo da Grande Quaresma
Santa Maria, a Egípcia
Santa Maria, a Egípcia, comemorada em 1º de abril, é proposta também no Quinto Domingo da Quaresma, como modelo de reflexão, arrependimento e correção de vida.
Ela chama-se egípcia, porque depois de deixar o lar materno aos 12 anos, caiu no ambiente pagão da grande cidade de Alexandria, quando o Cristianismo estava lutando contra antigas filosofias e falsas doutrinas religiosas. Em Alexandria, acostumou-se com a vida pagã. Um dia, já moça, embarcou com um grupo de peregrinos para a Terra Santa. Ali, sua alma foi tocada pela graça de Deus no momento em que tentou entrar no templo do Santo Sepulcro e foi impedida por uma força estranha. Reconhecendo os pecados da vida que levava entregue à sensualidade, orou fervorosamente diante do ícone da Mãe de Deus e sentiu uma profunda contrição e dor dos pecados e desejo de aproximar-se de Jesus crucificado. De pecadora tornou-se uma penitente pelo resto da vida, no deserto além do rio Jordão. Nunca voltou atrás do passo decisivo e radical de mudar de vida e no deserto viveu até falecer velhinha, confortada pela sagrada comunhão que lhe foi trazida por São Zózimo, piedoso monge de Jerusalém. A história de sua vida foi escrita por São Sofrônio, Patriarca de Jerusalém (550-638), comparando-a passo a passo com Maria Madalena, a pecadora que se converteu em discípula de Jesus.
Por que comemorar esta santa legendária na Quaresma? Porque a vocação que ela seguiu é um paradigma de vida evangélica, apropriada para confortar a alma e infundir coragem, audácia, ânimo e renovação espiritual no deserto moderno em que todos vivem hoje: na igreja, na rua, no trabalho, no lar invadido pela enxurrada desembalada de madrugada e em quaisquer outras situações de cada dia e cada minuto.
Tropário
Divinamente iluminada pela graça difundida pela Cruz, vos tornastes uma chama brilhante de conversão, renunciando às trevas das paixões. São Zózimo vos descobriu, amável mãe, como um anjo de Deus no deserto. Vós que habitais com ele nos céus, rogai a Cristo por nós.
Joshuah de Bragança Soares
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