4º Domingo da Grande Quaresma – Festa da Anunciação

CICLO DA GRANDE QUARESMA

No próximo domingo, 7 de abril, completa-se a quarta semana da Grande Quaresma de 2019, quarta de um ciclo de seis semanas de preparação para o radiante Domingo da Páscoa em 28 de abril.

 

4º Domingo da Grande Quaresma – Festa da Anunciação

 

Hoje, a celebração da Quaresma e de São João Clímaco cedem lugar à Anunciação, pela importância deste mistério para a história da humanidade.

 

Anunciação – Padroeira da Igreja Russa da Anunciação em São Paulo

 

Anunciação: o mistério inicial da história sagradada humanidade, pela manifestação do eterno conselho,  o plano eterno de Deus – o Filho de Deus torna-se o filho de uma jovem que responde à saudação do anjo: «Eis a serva do Senhor, cumpra-se em mim a sua palavra».

Para nós, nesta igreja que floresce no Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, a festa tem um significado universal, porque aí, em um horto aprazível recebe imigrantes russos e outros eslavos, juntamente com os novos concidadãos com quem vieram conviver unidos pelos laços do Evangelho e por tradições milenares. Com alegria, em distintos idiomas e hábitos culturais, todos ali reunidos e unidos veneram a Mãe de Deus e do histórico templo da Anunciação.

A expressão Anunciação à Virgem Maria significa anúncio feliz, notícia boa, abençoada, alegre, o mesmo que Evangelho (boas notícias)… O Arcanjo Gabriel anuncia à Virgem Maria que nela se cumprirá o mistério da Encarnação do Filho de Deus; anuncia que dela nascerá o “Anjo do Grande Conselho” que salvará o mundo da maldição do pecado, reconciliando as pessoas com Deus e restaurando nelas a imagem do Criador deformada pelos desgastes de cada dia.

A saudação doArcanjo foi: «Ave, cheia de graça! O Senhor está convosco e bendita sois entre as mulheres» (Lucas 1,28). Aprimeira palavra do encontro é: «Ave» que nos idiomas grego e eslavos se traduz como: Alegra-te! Esta alegria é anunciada a todas as pessoas como um bem precioso que hoje o mundo necessita mais do que nunca. Nós mesmos somos, todos os dias, uns para os outros, anunciadores: de notícias alvissareiras como também de notícias tristes e nunca desejadas. Ninguém quer ser arauto de notícias tristes. A história da Anunciação desperta até nos indiferentes o gosto e a decisão de serem mensageiros de boas notícias, como foi o Arcanjo à Virgem de Nazaré, como foi o anjo aos pastores, no Natal: “Eu vos anuncio uma grande alegria:oSenhor Deus se manifestou a nós: o Verbo se fez homem e habitou entre nós”(João 1,14).

São Proclo, patriarca de Constantinopla, assim falou numa prédica sobre a Anunciação: «Quem já viu, quem ouviu que pudesse habitar no seio de uma mulher um Deus que não pode ser contido pela vastidão do mundo inteiro, nem pela grandeza infinita do firmamento e que não pode ser limitado por um seio virginal? O que nasce da virgem não é só Deus e não é só homem, é o Deus-homem que fez da mulher, no passado associada à queda, agora a exaltação da humanidade; a que um dia foi a porta do pecado, hoje é a porta da salvação».

Joshuah de Bragança Soares

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