O RADIANTE DOMINGO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

Nos três últimos dias da Semana Santa, comemoramos os atos heróicos que Cristo praticou, dando prova de que tendo amado os filhos deste mundo, amou-os até o fim. Comemoram-se em três dias a Eucaristia, a Paixão, a Morte na Cruz e o Sepultamento. Ao término da semana, no dia que passou a ser chamado Domingo ou Dia do Senhor, ele, Cristo, glorioso ressuscitou e mudou o curso da história, inaugurando o Domingo da Ressurreição, festa das festas, renovação da vida.

Os evangelistas, os apóstolos e os sucessores dos apóstolos, os poetas, os pregadores sacros pronunciaram panegíricos, escreveram crônicas e compuseram hinos belíssimos que hoje são repetidos em todos os idiomas. O entusiasmo que arrebata os participantes dos Ofícios da Páscoa é tão comovente, que faz cada um sentir-se como que longe da vida terrena. Isto porque o ambiente dos paramentos dos oficiantes, as luzes, flores, velas, cerimoniais, as palavras dos hinos sacros, a beleza da noite que é sempre de luar, são como festas dos coros angélicos a bendizerem o amor de Cristo que a todos amou e ensinou a amar.

O Ofício da Aurora inicia-se com três palavras gloriosas: ressurreição, glória, Cristo:

Cântico processional: Vossa Ressurreição, Cristo Salvador, cantam os anjos no céu…

Início do Ofício da Aurora: Glória à Trindade santíssima…

Cântico da Páscoa: Cristo ressuscitou dos mortos…

As vibrantes aclamações dos celebrantes: “Cristo ressuscitou!”e a vivaz resposta dos participantes: “Na verdade, ressuscitou!”são a única vez que a liturgia admite o clamor de aclamação na celebração coletiva. O Cânon (Poema litúrgico) Pascoal começa com um convite indeclinável: “Dia da Ressurreição! Exultemos de alegria, todas as nações, porque hoje é a Páscoa, a Páscoa do Senhor; porque hoje, Cristo, nosso Deus nos fez passar da morte para a vida e da terra para o céu. Por isto, cantamos em seu louvor: Cristo, ressuscitou dos mortos”.

Depois do sexto cântico do Cânon, recita-se um corajoso e alegre juramento de amor, fidelidade e adesão irremovível a Cristo ressuscitado:

Tendo contemplado a ressurreição de Cristo, adoramos o santo Senhor Jesus, o único isento de pecado. Adoramos a Vossa Cruz, Senhor Jesus Cristo, e glorificamos com cânticos a vossa santa ressurreição, porque vós é que sois o nosso Deus; outro não conhecemos senão a vós somente. O vosso nome é que proclamamos. Vinde, todos os fiéis, adoremos a santa ressurreição de Cristo. Eis que pela Cruz veio a alegria a todo o mundo. Sempre bendizendo o Senhor, celebremos sua ressurreição, pois que crucificado, com sua morte destruiu a morte”.

Mais adiante, no Nono Cântico do Cânon, um hino de confidências e gratidão:

Divina, amada, dulcíssima a palavra que nos destes, Cristo, de permanecer conosco sempre até o fim dos tempos. Esta promessa acolhemos com fidelidade, com firme esperança e transbordantes de alegria”.

Enfim, o mais empolgante e belo Responsório do Ofício Divino: o Responsório da Páscoa, do qual transcrevemos duas estrofes:

  1. Levante-se Deus e sejam dispersados os seus inimigos.

A Páscoa santíssima hoje se manifesta a nós, Páscoa nova, Páscoa santa, Páscoa mística, Páscoa augusta, Páscoa que é o Cristo Salvador, Páscoa imaculada, Páscoa magnificente, Páscoa dos fiéis, Páscoa que nos abre as portas do paraíso, Páscoa que santifica todos os fiéis…

  1. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Agora e sempre e pelos séculos. Amém.

Dia da ressurreição! Mostremo-nos radiantes nesta solenidade! Abracemo-nos uns aos outros;

Chamemos de irmãos mesmo aqueles que nos odeiam! Perdoemos tudo pela alegria da ressurreição e exclamemos: Cristo ressuscitou dos mortos, venceu a morte com a própria morte e deu a vida aos que estavam nos túmulos.

“Este é o dia que o Senhor fez. Exultemos, cheios de alegria!”

 

Joshuah de Bragança Soares

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